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terça-feira, 17 de agosto de 2010

Papel fisiológico do cálcio

O cálcio é o 50 elemento mais comum no universo, o principal mineral do esqueleto e um dos cátions mais abundantes no organismo, representando cerca de 2% do peso corporal, ou seja de 1000 a 1500 g no indivíduo adulto. Aproximadamente 99% do cálcio corporal encontra-se no esqueleto, principalmente sob a forma de cristais de hidroxiapatita [Ca10(PO4)6(OH)2]. O restante (1%) encontra-se nos dentes, tecidos moles e no fluido extracelular. Cerca de 1% do cálcio ósseo é livremente intercambiável com o cálcio do fluido extracelular.
O cálcio presente no espaço extracelular tem papel essencial na mineralização de ossos e dentes, onde se apresenta sob a forma de precipitados insolúveis com os ânions fosfato e carbonato, num total de aproximadamente 1 kg. O cálcio extracelular ccorresponde a um ínfima parcela do que está presente no esqueleto solúvel. No entanto, essa pequena parcela tem uma importância imensa: além de ser essencial a processos fisiológicos tais como a coagulação sangüínea, o cálcio solúvel extracelular influencia profundamente a eletrofisiologia de células excitáveis, tais como os miócitos e as células musculares lisas. Por essa razão, variações na concentração de cálcio no espaço extracelular podem levar a arritmias cardíacas graves, o que torna obrigatória a manutenção dessa concentração dentro de limites bastante estreitos – essa é, como veremos, a principal função do paratormônio.
A concentração intracelular de cálcio é muito baixa, sendo quatro ordens de magnitude inferior à extracelular. Há no entanto uma quantidade muito maior de cálcio em compartimentos intracelulares, onde o íon é estocado para atender às necessidades específicas das células (por exemplo, contração, no caso da célula mescular lisa). Uma terceira parcela do cálcio intracelular localiza-se no próprio plasmalema, cuja integridade estrutural ajuda a manter.

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